Pesquisar este blog

3.21.2023

Vinil

Autor: Márcio Damasceno

Não deveria ser dados
Lançados a sorte do seis 
Nem algo insubstancial como mp3,
Mp4, FLAC, digi e tal.
Merece uma agulha traçando curvas
Entre linhas estalos crocantes 
Um velho bolachão recheado de jazz 
Servido numa radiola vil. 

6.07.2012

Nú lugar da lua

Autor: Márcio Damasceno


Levo a noite clara, 
Apago as luzes dos pensamentos,
Adormeço infantilmente 
E antes do despertar 
Vejo teu corpo iluminado 
No lugar da lua.


Pixel Surpresa

Autor: Márcio Damasceno


Não sei explicar,
Mas surgiu aqui na frente
De frente pra tela
Pinto sua cores e formas
Imagem de uma realidade distante
Que diz em calmo tom
Um bom dia.

Ouço sua voz com os olhos
Seu corpo é inatigínvel
Será mais um pixel
Que veio de surpresa
Velas, jantar e vinho na mesa
Que um dia possamos nos encontrar

7.13.2011

Arrisque Um Precipício

Autor: Márcio Damasceno


Qualquer coisa que
 Me deixe em risco
Que arrisque um precipício
Ou risque qualquer coisa 
Em um papel em branco.

5.31.2011

Alguma Coisa

Autor: Márcio Damasceno


Alguma coisa está entre o tudo e o nada
A sua cabeça numa tourada
Furar o pepel com tinta e raiva
Amar e matar, correr e ficar
E alguma coisa ainda não foi dita.
 
Elevar para outro plano
Mesa,colo,chão,lombo
Planejar a palavra
Descrever a sua cara
Alguma coisa está entre o tudo e o nada.

5.26.2011

5 Sentidos

Autor: Márcio Damasceno

Alguma coisa está entre o tudo e o nada
A sua cabeça numa tourada
Furar o pepel com tinta e raiva
Amar e matar,correr e ficar
E alguma coisa ainda não foi dita.

Carnaval

Meu bloco seu coração
  Minha fantasia seu corpo
Minha música sua voz
Meu tambor suas mãos
Onde está meu carnaval?



Suco

 Quase posso tocar
Seus seios maduros
Orvalho no fruto
Da imaginação

Quase posso sentir
Seu cheiro doce
Leite de rosas
 Pairam no ar

Como carne
Desfruta
Surra
Kama Sutra

Faço suco

Escorrendo
Pêlos
Labios
Descontraindo.

Saudade Song

O silêncio toca
Amplificando solidão
Enquanto surdo e mudo
Ouço e canto
Esta música
Chamada
Minha saudade.

3.21.2011

Infantil

Eu fugi de casa 
Garfo e faca
Na mesa do jantar
Guela abaixo
Em voz alta
Gritei brando
 Cabelos brancos
Cresci mãe 
E sou a mesma crinça triste 
Que chora sorrindo.



3.18.2011

Delírio

 Tens a alma livre
 Voa lírio do vale
 Em todos os lugares
 Despedaçado encanto
 E se olhar em mim
 Sua viagem sem tempo
 Pode acabar
 O amor te quer aqui
 O vento cessa
 O delírio fica

3.17.2011

Jazz

No canto
Faço arranjo
E toco as flores 
Que colhi pra ti
  
Instrumental 
Encanto
Jazz livre


3.16.2011

Amarela, Laranja,Vermelho e Preto

Tarde fina amarela, laranja e vermelho,
Cores decadente dia.
Os pássaros e os morcegos correm atrasados no ar,
Instinto oposto em direção contrária
Rasante mistura apressada,
Casa caça.
Logo a penumbra clara toma conta,
O tempo acelera e a luz desliga
E o divisor da virada anuncia a noite.
A escuridão rapidamente absorve
Incorporando a sombra de todas as coisas.
Intacto, imóvel, indistinto.

Encostado no vento que empurra o tronco pingente,
Num mundo ponta cabeça,
Sustentado pelos pés enraizados,
O pensamento balança num vai e vem de mim.
E tudo que sei se perdeu aqui
Lembranças, passado, retratos
Do fantasma nos espaços do legado que caiu.
E na grama escura enterrei meu coração,
Parar matar o meu amor refugiado
Na alma que vendi ao diabo
Para te levar comigo e te perder