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3.16.2011

Amarela, Laranja,Vermelho e Preto

Tarde fina amarela, laranja e vermelho,
Cores decadente dia.
Os pássaros e os morcegos correm atrasados no ar,
Instinto oposto em direção contrária
Rasante mistura apressada,
Casa caça.
Logo a penumbra clara toma conta,
O tempo acelera e a luz desliga
E o divisor da virada anuncia a noite.
A escuridão rapidamente absorve
Incorporando a sombra de todas as coisas.
Intacto, imóvel, indistinto.

Encostado no vento que empurra o tronco pingente,
Num mundo ponta cabeça,
Sustentado pelos pés enraizados,
O pensamento balança num vai e vem de mim.
E tudo que sei se perdeu aqui
Lembranças, passado, retratos
Do fantasma nos espaços do legado que caiu.
E na grama escura enterrei meu coração,
Parar matar o meu amor refugiado
Na alma que vendi ao diabo
Para te levar comigo e te perder

2 comentários:

  1. amar-ela.
    lá-aranja
    um ver-melhor
    Preto...
    Escuridão que não cega
    Coração, mesmo quando se enterra
    Insiste em brotar como pulsação que reverbera
    Rever que beira e (sim) importa.
    Casa caça; a vida se constroi no que se enraiza.
    Mundo de ponta cabeça...
    Mas ainda girando.


    ... gostei do lugar. Desejo bons fluidos.
    empalavre-se!

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